Kay segurou as pequenas m?os de Yuta e Alice, e ent?o se levantou.
— O que você vai fazer? — perguntou Mira, alarmada.
— Entregar o trono para a verdadeira rainha. — respondeu Kay, firme.
— O quê?! — Emilia exclamou, surpresa.
— A capital se tornou um lugar impróprio para as pessoas viverem. Eu preciso buscar algo no cemitério, mas antes... vou tomar o trono. Você quer assumir o papel de rainha? — Kay olhou diretamente para Emilia.
— Mas eu n?o... Meu irm?o? — Emilia parecia confusa e hesitante.
— Você decide. — Kay falou com seriedade.
— Eu n?o sei se consigo fazer isso! — Emilia balan?ou a cabe?a, insegura.
— Vai ter o apoio do meu exército. — disse Kay, confiante.
— Nós, soldados, já reconhecemos há muito tempo você como rainha. Vamos apoiar você se assumir o trono! — afirmou Mira, com determina??o.
Nesse momento, o celular de Emilia come?ou a vibrar. Ela o pegou, e na tela apareceram os rostos familiares do pessoal do instituto.
— O instituto também reconhece Emilia como rainha. Vamos dar todo o apoio a você! — declarou o chefe do instituto.
— Tira meu primo idiota do poder! Aquele lugar pertence a você! — disse Aiko, sem rodeios.
— Mas isso pode significar que ele acabe... morrendo. — Emilia falou com pesar.
— Ele criou esse resultado! E isso só vai acontecer se for sua escolha. N?o é, amor? — Aiko olhou para Kay.
— Sim. — respondeu Kay, sem hesita??o.
— Eu aceito... com uma condi??o! — disse Emilia, erguendo a cabe?a.
— Qual? — Kay perguntou.
— Seja rei ao meu lado. — declarou Emilia, encarando-o nos olhos.
Kay ficou paralisado, sem palavras por um momento.
— Você sabe o que isso significa? — exclamou Aiko, incrédula.
— Sei! Case comigo e se torne rei! — Emilia disse com firmeza, sem desviar o olhar.
— Rei? N?o sei se... — Kay hesitou.
— Por que n?o? Você mesmo disse que este país é território do monarca. Se vai governar, no mínimo tem que se casar com Emilia, que será a rainha! — disse Mira, provocando.
— é que... eu vou libertar outros países também, ent?o n?o sei se terei tempo para ser rei. — Kay tentou justificar.
— Eu n?o me importo. Quando estiver no país, seja rei! — insistiu Emilia.
— Rei é um título apropriado para o monarca. — comentou o mini ghoul, com sua voz pequena, mas carregada de sabedoria.
— Você n?o quer se casar comigo? — Emilia perguntou, com lágrimas nos olhos.
Kay suspirou profundamente.
— Tudo bem. Vamos tomar o trono. — disse ele, finalmente.
Emilia sorriu, radiante.
— Ela joga sujo! — comentou Thais, observando de longe.
— Se n?o partir para o ataque, vai ficar para trás! — brincou Viviane, com um sorriso malicioso.
— Acho que está na hora de você arrumar um homem também! — Thais provocou.
— Hein?! — Viviane exclamou, envergonhada, com as bochechas corando.
— Eu já tenho meu namorado, mas quero ver minha amiga feliz. Ent?o, eu apoio te ajudar a encontrar um homem! — Thais respondeu, rindo.
— Idiota! — disse Viviane, ainda mais corada.
Kay se aproximou de Emilia, que abriu os bra?os, esperando ser carregada. Ele parou e passou uma faixa sobre os olhos dela.
— Por que isso? — perguntou Emilia, confusa.
— Tampe os ouvidos e só tire as m?os quando eu te colocar no ch?o! — disse Kay.
— Tudo bem, mas por quê? — insistiu Emilia.
— Confia em mim. — respondeu ele.
Ela obedeceu, tampando os ouvidos. Kay a segurou em seus bra?os com firmeza.
— Mini ghoul, Ravena, n?o precisam vir. Fiquem aqui! — ordenou Kay.
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— Vai com cuidado! — disse Ravena, preocupada.
— Certo! — respondeu o mini ghoul.
— Cuidado para n?o ferir os civis! — alertou Mira.
— Eu terei! — disse Kay, manifestando suas asas negras e se afastando das crian?as.
— é estranho ser carregada assim! — comentou Emilia, ainda com as m?os nos ouvidos.
— Lavel, notei os montes de terra no vilarejo. Consegue jogá-los no buraco? — Kay perguntou, ajustando seu voo.
— Você sabia?! — respondeu Lavel, surpresa.
— Quando conectou o pessoal do instituto para falar com Emilia, eu percebi. — explicou Kay.
— Bem-vindo de volta! — disse Lavel, sorrindo.
— Obrigado. Passo em casa qualquer hora! — respondeu ele.
— Certo! Vou come?ar a transportar a terra. — disse Lavel.
— Obrigado. — Kay respondeu, batendo as asas com for?a, desaparecendo no horizonte.
— Era isso que você queria esconder o tempo todo? Que meu sobrinho era um monarca? — exclamou Himitsu, seu tom de incredulidade reverberando pela sala.
— Tem coisas que n?o podemos revelar. — respondeu o mini ghoul, com uma express?o séria.
— E você? — retrucou Himitsu, ainda sem acreditar no que acabara de ouvir.
— Estou na mesma situa??o, embora eu saiba o que o mini ghoul está escondendo. — disse Ravena, com uma pitada de mistério na voz.
— Que coisa complicada! — exclamou Himitsu, co?ando a cabe?a, claramente confuso.
A cena muda abruptamente para o castelo. Kay caminha com passos firmes pelo corredor, carregando Emilia nos bra?os. A tens?o no ar é palpável.
— Vocês n?o podem entrar aqui! — gritaram dois soldados, posicionados na porta.
— Adorme?am! — ordenou Kay com uma voz fria e autoritária.
Fuma?a envolveu os dois soldados, e, instantaneamente, eles desmaiaram no ch?o, sem resistência. Kay continuou seu caminho, neutralizando qualquer soldado que surgisse, sem perder tempo. Até que chegou à porta da sala do trono.
Kay suspirou profundamente antes de entrar. Quando a porta se abriu, ele viu vários nobres da capital reunidos, com o príncipe sentado no trono, rodeado por duas mulheres.
— Quem deixou vocês entrar? — exclamou o príncipe, com desdém.
Kay fechou a porta atrás de si com um estrondo, e continuou caminhando até o trono, encarando o príncipe com um olhar carregado de fúria.
— N?o passou tanto tempo assim para você ter esquecido o meu rosto. — disse Kay, com uma calma que fazia o ar ao redor parecer pesado.
— Guardas! — gritou o príncipe, furioso.
Os guardas, prontos para atacar, apontaram suas armas na dire??o dos dois.
— Você morreu! Como está aqui? — perguntou o príncipe, incrédulo, com os olhos arregalados.
— O monarca está morto, junto com o exército dele. Eu vim reivindicar o trono que nunca deveria ter sido seu! — disse Kay, a raiva crescendo em sua voz.
— Reivindicar? Você acha que consegue? — desafiou o príncipe, rindo com deboche.
— Vai dizer que esqueceu da sua irm? também? Todo esse país reconhece sua irm? como a sucessora do antigo rei. Quero que passe o trono para ela! — exclamou Kay, com um olhar amea?ador.
— Emilia! Por que agora? Todo esse tempo vocês n?o interferiram na capital! — gritou o príncipe, desesperado.
— Eu vou descer ela, e se você tentar se mover, mato todos aqui! — disse Kay, sua voz implacável.
Kay lentamente colocou Emilia no ch?o. Ela tirou as m?os dos ouvidos e, com um gesto rápido, retirou a faixa que cobria seus olhos.
— O que? — exclamou Emilia, se apoiando em Kay, sem entender.
— Tá tudo bem! — respondeu Kay, com uma calma surpreendente.
— O que você está planejando? — perguntou o príncipe, nervoso.
— Eu vou assumir o trono no lugar do nosso pai. Me entregue ele sem resistência. Eu n?o quero ver você morto! — disse Emilia, com firmeza.
O príncipe riu, mas era um riso cruel, repleto de desprezo. Ele ergueu a m?o, e os guardas imediatamente engatilharam as armas.
— N?o fa?a isso, irm?o! — implorou Emilia, com os olhos cheios de lágrimas.
— Eu matei nossos pais, assumi o trono e coloquei você na linha de frente com a inten??o de te matar. E vem me dizer que n?o quer me ver morto? Deixe-me te dizer uma coisa: para mim, você nunca deveria ter nascido. Se n?o fosse você, eu já teria assumido esse trono há muito tempo! — gritou o príncipe, com raiva.
Emilia ficou paralisada, assustada com as palavras do irm?o.
— E sabe aquele guarda que brincou com você naquele dia? Eu mandei ele ir até o seu quarto! — disse o príncipe, com um sorriso malicioso.
— N?o pode ser! — exclamou Emilia, completamente horrorizada.
Enquanto isso, na base do exército, as pessoas come?avam a planejar seu retorno para as casas. De repente, Ravena e o mini ghoul se assustaram.
— O que foi? — perguntou Thais, ao perceber a mudan?a de clima.
— Kay está furioso! — disse Ravena, com os olhos arregalados de medo.
— Consegue perceber? — perguntou Mira, em tom de alerta.
— Sim, estamos conectados. Eu estou com medo! — respondeu Ravena, tensa.
— Lavel, mostre o que está acontecendo! — ordenou Mira.
Lavel, com um gesto, iniciou a transmiss?o do áudio do microfone de Emilia.
De volta ao castelo...
— Por que você faria isso? — exclamou Emilia, a voz tremendo de pavor.
— Para quebrar você de dentro para fora. Aquele soldado morreu, o que foi benéfico para mim, mas ent?o esse desgra?ado chegou e fez você recobrar a consciência. Acho que um soldado n?o foi o suficiente. Eu poderia ter mandado mais para o seu quarto naquele dia! — disse o príncipe, com uma frieza assustadora.
— Entendo, ent?o aquilo foi coisa sua! — disse Kay, tentando controlar a raiva para n?o matar o príncipe ali mesmo.
— Majestade? — exclamaram os soldados, visivelmente assustados e tremendo.
— O que está saindo dele? Calor? — pensou o príncipe, confuso, olhando para o corpo de Kay.
— Aquilo é passado. Eu estou bem, amor. Se acalma! — disse Emilia, segurando a m?o de Kay, tentando acalmá-lo.
— é esse o rei que querem servir? Os guardas caíram mesmo! Vou dar uma chance para todos na sala: ajoelhem-se e aceitem Emilia como sua rainha, ou sofrer?o a mesma puni??o que o príncipe! — disse Kay, sua voz carregada de autoridade.
— O que consegue fazer sem um traje ou armas? Estamos todos na mira dos guardas! — disse o príncipe, tentando desafiar Kay.
— Já decidiu o que vai fazer com ele? — exclamou Kay, com um tom de desafio.
— Ele é minha família. Dois bra?os, duas pernas e a língua... Fala demais. — disse Emilia, com a cabe?a baixa, triste.
— última chance. Eu vou contar até três. Se se curvarem, eu pouparei vocês! — disse Kay, sua voz mortal.
— Um! — contou Kay.
O príncipe, tremendo, abaixou a m?o. Os guardas atiraram, mas as balas logo ficaram sem muni??o.
— Dois! — contou Kay, seus tentáculos parando as balas no ar.
— N?o pode ser! — gritaram os guardas, desesperados.
Uma nobre se curvou, e, surpreendentemente, as duas mulheres ao lado do príncipe também se ajoelharam.
— Três! — disse Kay, com um tom definitivo.
— Vou deixar vocês ali no canto. Fechem os olhos e tampe os ouvidos! — ordenou Kay, sua voz cortante.
Kay desapareceu com Emilia, reaparecendo rapidamente para pegar as que haviam se curvado. Em seguida, sumiu novamente, surgindo no canto da sala, onde as garotas estavam.
— Se tentar qualquer gracinha com a Emilia, eu as matarei! — disse Kay, sua voz carregada de amea?a.
As três garotas balan?aram a cabe?a, aterrorizadas, sem ousar protestar.
Emilia tampou os ouvidos e fechou os olhos, tentando bloquear o caos ao seu redor. As garotas, assustadas, seguiram o exemplo de Emilia, fechando os olhos e tampando os ouvidos, como se o silêncio fosse a única prote??o que ainda tinham.
— N?o vou manchar a sala do trono com sangue. — disse Kay, sua voz se tornando mais fria, como um presságio de algo ainda pior por vir.
Na base, através dos celulares, os soldados ouviam os gritos abafados que logo cessaram. A falta das línguas dos humanos fazia com que as palavras se perdessem, sem vida.
— Só falta você! — disse Kay, com um sorriso cruel se desenhando em seu rosto.
O príncipe, pálido e tremendo, olhou para Kay com olhos de puro desespero.
— Desgra?ado! O que é você? — exclamou o príncipe, sua voz carregada de panico.
— Eu sou o marido da sua irm?. — Kay sorriu com prazer. — Ver seu olhar de orgulho se transformando em desespero, é um prazer enorme para mim!
O príncipe, tomado pela raiva e pelo medo, gritou:
— Desgra?ado! — E, em um gesto frenético, puxou um revólver e disparou.
A bala acertou a cabe?a de Kay, mas, para espanto do príncipe, n?o causou nenhum dano.
— N?o é noxium. Mandou mal! — disse Kay com uma gargalhada, antes de cortar os bra?os do príncipe com suas próprias m?os.
O príncipe gritava de dor, mas Kay só ria, como se estivesse se divertindo com o sofrimento do irm?o de Emilia.
De repente, Kay criou uma cópia de si mesmo.
— Procura um formigueiro, devore as formigas e as transforme em ghouls. Depois, retorne com elas! — ordenou Kay com frieza.
— Certo! — respondeu a cópia, desaparecendo no ar.
O príncipe, agora se contorcendo de dor, olhou em panico para Kay.
— O que...? — gritou o príncipe, seus olhos se arregalando.
— Você n?o serve como alimento para meus generais. Talvez as formigas acabem gostando dessa carne podre que é a sua! — disse Kay, com um sorriso de escárnio, enquanto observava o príncipe se debatendo.
— Você é um monstro! — exclamou o príncipe, em um último esfor?o para manter sua dignidade.
— Se divertiu esse tempo todo e o monstro sou eu? — Kay deu uma risada sombria. — Eu conhecia seu lado podre desde o momento em que te vi! Você machucou sua própria irm?, matou seus pais e fez seu povo sofrer. Condene o dia do seu nascimento, pois passará o restante da sua vida medíocre implorando pela morte!
Kay, com um movimento rápido, fez o príncipe engolir um de seus dedos, for?ando-o a sentir uma dor indescritível.
— Que merda é essa? — exclamou o príncipe, engasgando, seu corpo convulsionando.
— Isso é sua senten?a. Mesmo que acabe morrendo, isso vai te curar. Só eu e meus generais podemos te matar. Implore e passe o restante da sua vida miserável se arrependendo do que fez! — disse Kay, com frieza, cortando as pernas do príncipe.
Foi quando a cópia de Kay retornou, trazendo consigo um corpo coberto de formigas, agora transformadas em ghouls.
— Você sabia que as formigas conseguem levantar cem vezes o próprio peso? Agora imagina as formigas que s?o ghouls! — disse Kay, com uma risada amea?adora. — Levem essas partes cortadas para vocês e saboreiem cada peda?o!
As formigas manifestaram asas negras e come?aram a voar em dire??o aos peda?os cortados do civis espalhados pelo ch?o, cada uma pegando um membro e voando para longe, levando a carne em suas garras.
— N?o esque?am essas! — gritou Kay, jogando os pés e as m?os do príncipe para as formigas. Ele também arrancou a língua do príncipe e a entregou a uma das criaturas.
Com um último movimento, as formigas saíram da sala do trono, suas asas zumbindo no ar. Kay esticou a m?o para a cópia de si mesmo, que tocou sua m?o antes de desaparecer.
Kay ent?o se aproximou do príncipe, puxando-o do trono e o arrastando em dire??o aos civis, como se ele fosse uma mera presa a ser exibida.
Kay aproximou-se das garotas e, com delicadeza, virou-as de costas para a cena. Ele tocou levemente os ombros delas, sua voz calma, mas firme.
— Escuta, amor... Se você se virar para aquele lado, verá muitos feridos. Se preferir, eu posso tirá-los daqui, e você n?o precisará ver. — disse Kay, com um olhar preocupado.